A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) escolheu o priolo como ave do ano 2008. Boa! O priolo é uma ave em risco de extinção e que quase só existe no Nordeste (Ilha de S. Miguel). Nos últimos anos tem havido grandes esforços, com bons resultados, governamentais e da SPEA para recuperar o habitat dessa espécie e aumentar o seu número de indivíduos.
Apesar de reconhecer a utilidade de conservação de certas espécies animais, vegetais ou outras, gostaria de colocar algumas questões relativas a esta situação.
Qual a importância do priolo, no contexto mundial e regional? O seu desaparecimento prejudica muito o equilíbrio ecológico onde ele existe? Qual o seu papel para manutenção de espécies vegetais, nomeadamente de importância para os humanos?
As enormes despesas resultantes do projecto de recuperação do habitat e número de indivíduos do priolo são justificáveis? Não podiam ser usadas noutros projectos, com maior relevância regional e internacional? Por exemplo, em projectos de investigação em biomedicina ou biotecnologia? Ou em projectos de recuperação social de comunidades desfavorecidas?
Porque razão um espécie passeriforme com tão poucos indivíduos (dezenas) leva ao pagamento de salários de várias pessoas, durante vários anos, quando se fala em reduzir despesas e aplicar verbas apenas em projectos de interesse nacional e para transferência de tecnologia a favor da saúde e bem-estar dos humanos?
A conservação de espécies pode ser considerada importante, mas o seu desaparecimento não poderá ser considerado um passo na evolução do total das espécies? Quantas espécies não desapareceram já, sem que os humanos fossem os culpados por isso? E por último, será que ao impedirmos que algumas espécies desapareçam, não estaremos a desequilibrar a natureza?
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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