terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Universidade dos Açores: trigo vs joio

Na Universidade dos Açores nem tudo é mau, nem tudo é joio. Não retiro as críticas que fiz anteriormente à universidade e à sua gestão, mas quero realçar a importância da investigação de algumas equipas de que se vai ouvindo e lendo. Hoje, é notícia a colaboração de alguns elementos do Centro de Investigação de Recursos Naturais (CIRN) da Universidade dos Açores com a Direcção Regional da Cultura e lembrei-me que a pessoal responsável por esse trabalho, a doutora Manuela Lima e alguns dos seus colaboradores têm desempenhado um trabalho interessante na área da Doença de Machado-Joseph. Também interessante e útil é o trabalho que o grupo de investigação liderado pelo doutor Armindo Rodrigues (CIRN) tem vindo a desenvolver na área da ecotoxicologia e saúde ambiental. Para realçar, pode-se igualmente referir os trabalhos desenvolvidos pelo grupo do doutor Ricardo Serrão Santos (Departamento de Oceanografia e Pescas) e da doutora Teresa Ferreira (Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos).
Em suma, o trigo existe na universidade açoriana, mas o joio está em grande abundância e a tornar-se matéria de oclusão daqueles que pretendem melhorar e avançar. A utilidade da investigação de cada grupo é sempre questionável e sempre de dúbia utilidade, mas o futuro traz sempre algo a acrescentar e modos de utilizar a informação que no presente é adquirida e que não se sabe bem para que serve ou servirá... Acredito ainda que se o trigo fosse bem separado do joio e houvesse uma boa gestão na Universidade dos Açores, a excelência na docência e na investigação em áreas viradas para a saúde, a biotecnologia, a climatologia e a vulcanologia podia ser alcançada e de aplicação quase imediata não apenas na sociedade açoriana, mas também a nível mundial.

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