É triste ver e ouvir os governantes açorianos a acusarem-se mutuamente sobre a culpabilidade nos recentes desenvolvimentos a nível criminal nos Açores. É triste porque, em vez de estarem a procurar soluções, estão a "mandar postas de pescada para o ar".
O problema da criminalidade é, sem dúvida, da responsabilidade dos vários políticos, sejam presidentes de câmara, junta de freguesia ou governo, mas também é da responsabilidade de todos nós. O importante é pensar em medidas que visem reduzir e, acima de tudo, previnir os crimes.
Não chega dizer que o número de crimes aumentou. É preciso procurar aumentar o número de agentes policiais nas ruas, em patrulhas. É preciso criar melhores infraestruturas de apoio às polícias. É preciso diminuir os erros arquitectónicos que são permitidos pelas câmaras e que facilitam, muitas vezes, os assaltos de surpresa. É preciso fiscalizar mais. É preciso não ter medo de afrontar algumas pessoas da sociedade açoriana.
Por exemplo, se se sabe que grande parte da criminalidade da zona da Calheta, em Ponta Delgada, está relacionada com o tráfico e consumo de droga, por que não fazem mais rusgas e apreensões nos cafés da Prachinha, nomeadamente no do Futebol Clube do Marítimo? Por que razão não fiscalizam a sério alguns membros das comitivas de clubes de futebol, e não só, que se deslocam regularmente a Lisboa e que quando regressam trazem mais do que vitórias ou derrotas? Alguns detentores de estabelicmentos para venda de fármacos são conhecidos por se envolverem em certos negócios obscuros... etc... etc...
Ou seja, se os governantes e as polícias quiserem e os tribunais ajudarem, a criminalidade pode ser severamente reduzida. Mais, é necessário que todos os cidadãos colaborem, não incitando nem facilitando a ocorrência de crimes.
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1 comentário:
A criminalidade nos Açores, tem
origem na grande Exclusão social,
isto é as condições precárias em que o cidadão se integra na sociedade açoreana.(...)
Luis A. Prenda
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