sábado, 8 de março de 2008

Manifestação de professores em Ponta Delgada


É triste...

Jornalista- Porque é que veio até cá?
Professor 1- Porque estou contra a... acho que estou solidário com os meus colegas do continente e não concordo com alguns aspectos da... do estatuto da carreira docente... de cá dos Açores.
Jornalista- Como é que foi convocado para esta...?
Professor 1- Por sms.

Parece que este professor só está seguro da forma como foi convocado para a manifestação. De resto, não apresentou uma única razão concreta para se manifestar contra a ministra da educação.

Professor 3 (Isabel Rodrigues)- ...no entanto, é esta mesma senhora que acha que tem que haver rigor total na... na avaliação. Acho que sim, nós queremos ser avaliados, agora temos que ver que sistemas de avaliação é que vão existir.

Então não sabe que sistema de avaliação vai existir? Está contra o sistema de avaliação proposto pelo ministério, mas diz-se ignorante no que toca à existência de sistemas de avaliação. Para estar contra algo é preciso esse algo existir e ter conhecimento da sua existência.

Professor 4- Ninguém está contra a avaliação dos professores. O que nós não queremos é que haja uma designificação da carreira docente...

Este é um exemplo da falta de cuidado com que alguns professores das nossas escolas falam. É este o modelo que estes professores apresentam aos nossos alunos.

Professor 5- ...o problema é que o contexto é logo diverso dentro da escola.

Este professor tem razão. Mais, dentro das escolas há discriminação entre grupos de professores. Geralmente, os mais velhos discriminam os mais novos e mais actualizados dando-lhes turmas com alunos problemáticos e com um potencial de progressão reduzido. Há também discriminação entre grupos de disciplinas. Mas como resolver isto? Com bom senso, rigor e justiça. Daí que alguns professores mais velhos não apreciem a ideia de saber que podem vir a ser avaliados por colegas seus mais novos. Será isto mau?

Professor 3 (Isabel Rodrigues)- a quem tivermos que apoiar na tuensão ou em qualquer outra situação...

Tal como o professor 4, esta professora devia ter mais cuidado com o que diz. "Tuensão"?? Será que queria dizer tutoria? Não se percebe bem que palavra pretende usar.

Felizmente, nem todos os professores açorianos nem do resto do país são maus. Mas o certo é que há muita mediocridade na educação em Portugal, a começar no primeiro ciclo do ensino básico, mas não só.

3 comentários:

Anónimo disse...

A começar pelos professores do 1º ciclo do ensino básico??? Mas não tem sido o primeiro ciclo aquele que melhores resultados obtém nas provas de avaliação que se realizam a nível dos ciclos de ensino, anteriores provas de aferição? O abandono não é menor no 1º ciclo? As taxas de sucesso não são muito melhores no 1º cilo?
Não sou professor, sou aluno universitário do ramo das engenharias mas após este post descabido e mal intensionado não podia estar calado. Da minha "vasta" experiência como aluno, 12 anos do ensino básico e secundário e agora 3 do universitário pude constatar que conforme ia subindo no ciclo de ensino os professores preocupavam-se cada vez menos com os seus alunos, e sem dúvida nenhuma que um dos professores mais competentes que tive até hoje foi o meu professor primário, em termos de aptidões científicas, pedagógicas, e no que diz respeito à sua atitude e exemplo enquanto pessoa.
Os professores merecem respeito. É impossível fazer-se algo de bom quando o mal começa ainda nos programas escolares determinados não pelos professores, mas pelo ministério da educação

Anónimo disse...

Concordo com o "post" e explico porquê. Também eu tive óptimos professores na primária, mas conheço vários e assisti à formação de alguns que são muito inferiores em qualidade aos professores que tive, no entanto, eles existem. Muitos do 1º ciclo são maus professores porque têm uma má formação na universidade e porque quando escolhem o curso a seguir, querendo ser professores, optam por aquele que lhes permite fugir à matemática, por exemplo. Sendo o sr. Almeida quase engenheiro, deve saber que os professores do 1º ciclo não aprenderam matemática como ele, mas sim métodos quantitativos ou matemática B (chamem-lhe o que quiserem). A taxa de sucesso no 1º ciclo é das melhores porque o nível de exigência e a amplitude de conteúdos é reduzida e as crianças até gostam de ir à escola.
Certamente, os professores merecem respeito, mas muitos deles não se dão ao respeito. Os manuais escolares são determinados pelo ministério, ou melhor, por professores indicados pelo ministério. Se assim não fosse, ou seja, se pudesse ficar à escolha de cada escola ou professor não haveria uniformidade nacional e poderiamos assistir ao que acontece num estado americano em que a teoria darwinista é proibida e é ensinada a teoria creacionista.
Concordo com o sr. Almeida quando diz que "subindo no ciclo de ensino os professores preocupavam-se cada vez menos com os seus alunos". Acha que isso deve ser assim? Esses professores são merecedores de respeito? Estão preocupados com os alunos e a sua educação? Não me parece.
O que está aqui em causa não é apenas a avaliação dos professores, mas sim toda a reforma educativa e laboral, pois põe em revolução toda a comodidade e estagnação de muitos professores. Há, além disso, razões partidárias envolvidas.
Haja respeito pelos professores, mas haja também respeito pelos alunos e seus pais. Portugal precisa de bons professores, bons conteúdos e mais rigor e excelência.

Anónimo disse...

http://ocantinhodaeducacao.blogspot.com/