Viva a ministra da educação

Muitos professores, mas não a maioria, têm-se manifestado contra a ministra da educação, alegando estarem contra o novo estatuto da carreira docente e contra a avaliação dos professores, entre outras coisas. Não digo que o modelo de avaliação em discussão não careça de melhorias, mas não parece ser novidade que muitos professores odeiam a ideia de serem avaliados, apesar de ser da sua responsabilidade avaliar os alunos. Que (má) imagem e exemplo dão aos seus alunos, ao não quererem ser avaliados? A maioria dos que estão contra a avaliação dizem não estar contra esta mas sim contra a fórmula encontrada para o fazer, no entanto, não apresentam alternativas viáveis e concretas. Os sindicatos, apoiados por trás principalmente pelo PCP, preferem manter tudo como está e, verdade seja dita, os sindicatos dos professores nunca estiveram de acordo com qualquer que tenha sido a reforma apresentada por qualquer que tenha sido o ministro da educação. Os professores que se manifestam afirmam que se manifestam também para defender os alunos e não só o seu dinheiro ao fim do mês e a sua comodidade. Mas será assim? Porque se ouve muitos dos professores com mais anos de carreira, que se manifestam, a afirmarem não estarem dispostos a serem avaliados por colegas mais novos? Têm algum preconceito em relação a isso? Consideram-se melhores? Ou têm medo de não corresponderem às necessidades educativas actuais e de estarem ultrapassados?
As manifestações actuais não trazem nada de novo, apenas mostram como uma minoria dos professores não querem ser avaliados, não querem reconhecer a mediocridade de alguns colegas seus e, eventualmente, de si próprios, não querem estabelecer critérios para melhorarem e não querem ser justos e rigorosos como exigem, ou deveriam exigir, aos seus alunos.
Por isso, digo: viva esta ministra da educação.